Através da criação do Parque das Dunas, a Universidade Livre das Dunas – UNIDUNAS, protege cerca de 6 milhões de metros quadrados do último ecossistema urbano de dunas, lagoas e restinga do país, promovendo atividades de educação e proteção ambiental. Desta vez, a instituição projeta a construção de uma travessia subterrânea para animais silvestres, que vai interligar as dunas de Praias do Flamengo com as do Abaeté, separadas pela construção da Alameda da Praia. A construção do corredor tem como objetivo zelar pela conservação da fauna local.
O biólogo Rogério Carvalho, que presta serviço voluntário no Parque, faz parte da equipe idealizadora do projeto. “Preferimos usar o modelo subterrâneo de travessia por se tratar de uma área onde a borda não possui uma vegetação tão alta”, afirma Carvalho. Segundo o biólogo, bichos como raposas, gatos-do-mato, lagartos de restinga como teiús e iguanas, marsupiais e serpentes utilizarão o corredor ecológico. Além disso, o vai túnel evitar o atropelamento de animais na rodovia.
O Parque das Dunas abrange uma poligonal de aproximadamente 6 milhões de metros quadrados, da região do Abaeté às Praias do Flamengo. A área é cortada no bairro de Stella Mares pela Avenida Dilson Jatahy Fonseca, mais conhecida pelos moradores da localidade como Alameda da Praia.
A estrutura foi projetada por um equipe especializada de engenheiros e arquitetos contratados. “Foi feito um estudo de viabilidade preliminar e já estamos submetendo o projeto à Prefeitura Municipal de Salvador para seguirmos todos os procedimentos legais”, afirma Jorge Santana, presidente da UNIDUNAS. “Sempre buscamos alternativas que venham conservar ainda mais nossas dunas”, conclui.
Por Felipe Santana