A manhã ensolarada deste sábado não foi de praia para os moradores do entorno do Parque das Dunas, mas foi bastante proveitoso. Cerca de 20 visitantes fizeram uma trilha interpretativa de 3 horas nas dunas, acompanhados do engenheiro ambiental da UNIDUNAS, Lutero Mauricio. Orquídeas, lagoas, mata fechada com árvores de até de 20 metros foram vistos durante o passeio.
A moradora do condomínio Flamingos Paradise, Patrícia Oliveira, revelou que é impressionante o estado de conservação do local. “Sou de Goiás e sempre estive em contato com a vegetação de cerrado, mas nunca vi nada tão preservado quanto aqui. É tudo muito bem estruturado, são bons professores, além deles despertarem a vontade de conservar”, revelou sobre o ecossistema de restinga do Parque das Dunas.
Esteve também na caminhada o morador do condomínio Sol do Flamengo, Gerson Brasil, editor do Jornal Tribuna da Bahia que garantiu dedicar uma página do jornal impresso para abordar o Parque das Dunas. “Assim que voltar das férias vou me dedicar a escrever sobre aqui”.
Apesar de todos os elogios ao parque, quem se divertiu mesmo foi Kalel Arthur, de 7 anos, que se embolou pelas dunas . “Poxa, eu queria pegar na coruja enfiadeira”, sorriu. Kalel se refere à coruja buraqueira, também chamada caboré que recebe o nome de “buraqueira” por viver em buracos cavados no solo.
Segundo o professor Lutero Mauricio as corujas são originados do sertão, mas com a ocupação dos campos elas migraram para a borda marítima. “Hoje, as corujas vivem no ecossitema de restinga, nos campos, pastos, desertos, planicies, prais e aeroportos”, explicou.
Para visitar
O Parque das Dunas tem cerca de 5 milhões de m² e pertence a APA (Área de Proteção Ambiental) do Abaeté. Quem quiser fazer uma trilha interpretativa é só marcar através site www.unidunas.com.br.
Por Mariana Sena