“Conhecer para preservar”. Com esta frase Jorge Santana, presidente da Unidunas (Universidade Livre das Dunas) começou uma aula ecológica para estudantes de Engenharia Ambiental da Faculdade Unifass. A atividade foi acompanhada por uma equipe de reportagem do programa Mosaico Baiano, da TV Bahia. No lugar de sala, cadeiras e apostilas o cenário foram os campos de areia branca, a fauna e a flora do Parque das Dunas, localizado em Praias do Flamengo, com cerca de 5 milhões de m².
Trata-se do maior parque de dunas, restingas e lagoas em área urbana do Brasil, criado em 2008 por decreto da Prefeitura de Salvador e que está sendo administrado através de uma parceria entre a prefeitura e a Unidunas. A visita, ciceroneada por Jorge Santana e pelo professor e ambientalista Lutero Maurício, incluiu uma trilha de três quilômetros. “Aqui existem mais de 85 espécies de aves, diversas espécies arbóreas, além de mamíferos, répteis, anfíbios e insetos” explicou Maurício, que é engenheiro por formação e ambientalista por paixão.
O ecossistema do parque conta com sete lagoas perenes e várias intermitentes, uma delas a Lagoa Vitória, a maior do ecossistema do Abaeté. A bióloga e estudante de Administração da Faculdade Unifass, Sueli Galvez, se impressionou com o passeio: “Nossa! Eu não sabia o que estava perdendo. É aprender na prática tudo que já sabia na teoria”. Já a jornalista e repórter do Mosaico Baiano, Silvia Resende, trabalhou e se divertiu, “Posso levar uma lagartixa dessa?” brincou.
A visita contou também com a participaçao de pesquisadores como Camila Paim, que faz uma iniciação científica em polinização. “Estou contando a quantidade de orquídeas, outro amigo está fazendo um estudo nas lagoas. É muito bom trabalhar num lugar tão rico como este”, festejou a jovem.
Cerca de 40 mil pessoas já passaram pelo Parque das Dunas, onde as buzinas dos carros são substituídas pelo canto dos pássaros. Segundo o presidente da Unidunas, quem conhece o local se apaixona de cara, por isso a quantidade de visitantes aumenta a cada dia. “Aqui não são apenas dez diretores, mas milhares de pessoas lutando por uma causa.”, ressaltou.
Depois de três horas e meia de trilha, os olhares questionadores do início, diante de tanta areia, sumiram. Jorge Santana define bem o que os visitantes sentiram, “Isso aqui não é um monte de areia, mas um monte de vida”
Por Mariana Sena