Sariguê, gamba, saruê, timbu são algumas das formas que o mamífero do gênero Didelphis é conhecido. Esse animal tem características bem interessantes, é arborícola, possui uma cauda preênsil parcialmente revestida por pequenas escamas, com pelos na sua base, utilizando-a como um “quinto membro” para ajudar no equilíbrio nas árvores. A espécie apresenta, ainda, hábito noturno, e conta com o seu odor como mecanismo de defesa.
O sariguê é uma representação de animais marsupiais no Brasil, os mais conhecidos desse grupo são os cangurus encontrados na Austrália. Os animais do gênero Didelphis apresentam uma bolsa central situada na região abdominal, lugar em que as fêmeas da espécie carregam e amamentam seus filhotes por aproximadamente 70 dias, até completarem seu desenvolvimento embrionário.
Esse animal ajuda no controle biológico de insetos considerados pragas na agricultura, e de animais peçonhentos, já que também fazem parte de sua alimentação, assim como frutos e ovos.
Por essas e outras inúmeras razões os sariguês precisam ser conservados. O Parque das Dunas de Salvador tem um papel de extrema importância nessa conservação, mantendo uma área de preservação para esses e outros animais já existentes no parque, e recebendo animais resgatados da cidade de Salvador e região metropolitana.
A natureza é um ciclo, e romper qualquer parte desse ciclo pode causar um desequilíbrio no todo!
Texto: @adriellibahiense , bióloga e voluntaria no Parque das Dunas
Fotos: @bmresende @marcodefreitas.5