Estudantes de intercâmbio norteamericanas promovem pesquisa em dunas do Flamengo. A atividade aconteceu entre os dias 9 de junho e 12 de julho de 2012 fez parte da parceria entre a Universidade Livre das Dunas – UNIDUNAS, e a agência de intercâmbio Brazil Cultural.

As 5 estrangeiras estudam graduação no curso de Biologia da Universidade Spelman College e encontraram no Parque das Dunas uma ótima oportunidade para promover uma pesquisa de iniciação científica. As jovens fizeram um controle de monitoramente de água das lagoas da região. O trabalhoconsistiu em comparar a qualidade entre as lagoas do Camarão, Vitória e a lagoa do Flamengo. O projeto acadêmico foi elaborado e orientado pelo biólogo do Parque das Dunas Givaldo Reis.

A conclusão do trabalho ainda não foi escrita, no entanto, Givaldo ressalta. “O relatório final será produzido por elas na Spelman College. A coleta dos dados foi feita e temos grandes indicativos que as lagoas do Parque apresentam melhores condições que a do Flamengo”, disse. Segundo o biólogo, isso se justifica pelo fato da lagoa do Flamengo estar mais exposta a impactos urbanos como a proximidade de estradas, atividade pesqueira, condomínios no entorno, acúmulo de lixo e influência de esgotamento doméstico.

O primeiro contato das jovens com as dunas do Abaeté foi através da trilha interpretativa do Parque das Dunas na manhã de sábado do dia 9 de junho de 2012. Neste evento, o diretor da Brazil Cultural Javier Scudero pôde constatar o excelente estado de conservação da área e conhecer um pouco mais do projeto da UNIDUNAS. “O trabalho feito aqui é espetacular, traremos mais grupos para conhecer o Parque”, ressaltou Scudero.

A jornada agradou as graduandas. “Foi uma ótima oportunidade para mim como estudante do último ano em biologia. Vi coisas bem diferentes do que encontraria em meu país, além da recepção e do atendimento impecáveis”, ressalta Erika Fergson. Para a pesquisa, foi disponibilizado às jovens a sala de aula Restinga, além do apoio de seguranças do Parque no descolamento em campo. A atividade, que terminou na quinta-feira do dia 12 de julho de 2012, foi um sucesso e as duas instituições envolvidas prometeram a promoção de projetos acadêmicos semelhantes.

APOIO

A Universidade Federal da Bahia – UFBA, também colaborou com o processo, emprestando parte do equipamento necessário para a pesquisa, além de dois professores que auxiliaram nas pesquisas. O prof. Antonio Bonfim, no setor de caracterização da água e o prof. Fábio, responsável pela área de entomofauna.

Por Felipe Santana